segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

DESSAS MANHÃS

a Z.

Dessas manhãs que seus olhos
fotografem botes estacionados
sob raios únicos de sol.

Dessas manhãs que cães nos observem
e vigem nossos abraços e toques leves
como a areia que se prende aos nossos sapatos.

Dessas manhãs que uma música
toque baixinha em nossos ouvidos
feito trilha sonora de filme bom.

Dessas manhãs que sem dormir
e mal acordados
pedimos ao tempo que se demore um pouco mais

Para que os segundos
sejam longos minutos
os minutos inteiras horas
e as horas, dias intermináveis.

Um comentário: